Com R$ 35 bi no caixa em SP, Nunes cancela piscinões, terminais e corredores de ônibus

Atualizado em 23 de abril de 2023 às 19:49
Ricardo Nunes de terno e gravata, falando e olhando para o lado
Ricardo Nunes (MDB) – Agência Brasil

Com R$ 35 bilhões em caixa, Ricardo Nunes (MDB), prefeito de São Paulo, desistiu de inaugurar dois corredores de BRT e quatro terminais de ônibus. Além disso, os 11 piscinões que seriam construídos em locais afetados pelas enchentes foram substituídos por “230 obras no sistema de drenagens”, informa a Folha de S. Paulo.

A gestão de Nunes publicou uma versão atualizada do Programa de Metas para o período de 2021 a 2024 e modificou pelo menos 27 propostas. A maior parte da revisão suaviza o comprometimento da prefeitura.

Na meta 39, por exemplo, que dizia “reduzir o índice de mortes no trânsito para 4,5 por 100 mil habitantes”, se tornou “realizar 18 ações para a redução do índice de mortes no trânsito”. Já a 68, passou de “atingir 100% de cumprimento das metas individuais de redução da emissão de poluentes e gases de efeito estufa pela frota de ônibus” para “reduzir a emissão de poluentes e gases de efeito estufa”.

O relatório de execução anual do Programa de Metas diz que a gestão Nunes concluiu 13 dos 77 itens e lançou novos objetivos, além de excluir a meta de cobertura de vias atendidas pelos ônibus. Dessa forma, com dois anos de mandato, o prefeito terá que entregar 72 das 86 promessas feitas.

Rua de São Paulo enchendo em dia de chuva
Chuvas deixam cidade de São Paulo em estado de alerta – Agência Brasil

Já de acordo com a Secretaria Municipal de Fazenda, a administração conta com R$ 34,9 bilhões em caixa. “Os recursos atuais do Tesouro Municipal refletem o bom momento da economia paulistana após a queda nos indicadores econômicos causados pela pandemia e não significam falta de empenho da gestão municipal no enfrentamento aos problemas da cidade”, afirma a pasta.

Apesar do cofre cheio, a gestão de Ricardo Nunes vem sendo cobrada por problemas em relação ao zelo com a cidade, como a má conservação de calçadas. Na área de educação, o político não entregou nenhuma nova unidade, nem das 45 unidades escolares nem dos 12 CEUs (Centros Educacionais Unificados) prometidos.

Em nota, a Secretaria de Comunicação pontuou que os compromissos foram elaborados para todo o quadriênio e, por isso, “não há expectativa de cumprimento acentuado na metade do prazo”. “Todas as novas metas, ampliações e alterações passaram por escrutínio técnico, administrativo e orçamentário para análise de viabilidade”, diz em nota.

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