Com Tarcísio, mortos por PMs voltam a subir após 2 anos em SP

Atualizado em 8 de julho de 2023 às 15:33
Agente da Polícia Civil faz perícia em veículo baleado. Foto: Reprodução/TV Globo

As mortes provocadas pela Polícia Militar de São Paulo voltaram a subir no Estado durante o governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos), após dois anos de queda. Entre os meses de janeiro e junho de 2023, 145 mortes foram registradas, contra 126 no primeiro semestre do ano passado. As informações foram divulgadas pelo órgão do Ministério Público que acompanha a letalidade policial.

O aumento das Mortes Decorrentes de Intervenção Policial (MDIP), nome técnico para esse tipo de ocorrência, foi de 15% em comparação com os primeiros seis meses de 2022. Os dados do Ministério Público indicavam uma tendência de queda nos dois últimos anos, com reduções seguidas depois das 436 mortes registradas em 2020: foram 287 em 2021, e 126 em 2022.

O uso de câmeras nas fardas da polícia foi o motivo pelo qual a letalidade policial vinha diminuindo, de acordo com a diretora-executiva do Fórum Brasileiro da Segurança Pública (FBSP), Samira Bueno. Já nos primeiros meses de sua gestão, o governador Tarcísio congelou a quantidade de câmeras disponíveis para a tropa.

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) de São Paulo informou, em nota, que “a principal causa da morte não é a atuação da polícia, mas sim a opção do confronto feita pelo infrator”.

Policiais militares de São Paulo. Foto: Reprodução
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Victor Gaspodini
Victor Gaspodini é jornalista, mora em Florianópolis e torce para o Avaí Futebol Clube.