Vladimir Putin, sem partido, garantiu sua reeleição como presidente da Rússia neste domingo, conquistando impressionantes 87,97% dos votos válidos em uma eleição amplamente dominada pela ausência de outros concorrentes, segundo pesquisas de boca de urna e a Comissão Eleitoral Central russa.
Putin, que ascendeu ao poder em 1999 e acumula mandatos como primeiro-ministro e presidente, está prestes a celebrar 25 anos à frente do país. Com o novo mandato, permanecerá na liderança até 2030, alcançando um total de 31 anos no comando russo.
As eleições, realizadas ao longo de três dias, iniciaram-se na sexta-feira e finalizaram neste domingo, abrangendo os 11 fusos horários da Rússia. O processo eleitoral se encerrou primeiramente no extremo leste do país, com as últimas apurações ocorrendo em Kaliningrado, no oeste.
Além das regiões tradicionais, áreas anteriormente pertencentes à Ucrânia, como Zaporizhzhia, Kherson, Donetsk e Luhansk, também participaram da votação.
Durante as eleições, um bombardeio na fronteira entre a Rússia e a Ucrânia resultou na morte de dois russos. O Ministério da Defesa russo relatou a repulsa aos ataques e a frustração das tentativas de infiltração no território russo por grupos ucranianos.
Apesar do controle estatal rigoroso sobre o processo eleitoral, alguns incidentes de vandalismo ocorreram em locais de votação em oposição a Putin.
A oposição enfrentou obstáculos significativos, com Boris Nadezhdin, um dos oponentes, barrado após tentar coletar mais de 100 mil assinaturas de apoiadores, exigência das autoridades eleitorais. Além disso, a morte de Alexei Navalny, opositor proeminente, em fevereiro, gerou debates sobre as motivações políticas por trás de sua condenação e morte.
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