O coronel Cássio Araújo de Freitas, comandante-geral da Polícia Militar de São Paulo, minimizou o crime cometido pelo policial que jogou um jovem do alto de uma ponte na Cidade Ademar, zona sul de São Paulo, nesta segunda (2). Ele alega que o policial cometeu um “erro emocional”.
“Eu considero um erro básico. Um erro emocional de jogar o rapaz ali. Aquilo era quase infantil um negócio daquele. Comete um erro básico, vai ser julgado por aquilo”, disse o coronel. Freitas diz que a ação “foge demais da normalidade” da corporação.
“Parece que foi quase uma brincadeira dele ter feito aquilo ali. Porque a informação que nós temos é que eles estavam atuando, fizeram a apreensão de uma motocicleta e depois, sem nenhuma razão aparente, ele fez aquilo ali”, prosseguiu.
O comandante da PM diz que arremessar um jovem do alto de uma ponte é uma ação “um pouco gratuita” e que isso gera preocupação na corporação. Ele alega que os agentes só adquirem competências emocionais quando possuem experiência.
“Eu consigo treinar a competência emocional, mas eu não consigo ensiná-la numa cadeira escolar. Como que você treina a competência emocional? É colocando o profissional durante os treinamentos em situações difíceis. Essa capacitação emocional, ela vem com o tempo. Por isso que a gente tenta colocar um policial já mais experiente, trabalhando com os policiais jovens”, relata.
A PM jogando uma pessoa de cima de um viaduto/ponte, lógico que a câmera corporal estava desligada. pic.twitter.com/QezOLHl1m4
— Luciano Carvalho (@lucianocarvaIho) December 3, 2024
O coronel afirmou que a PM vai implementar um programa para diminuição de danos colaterais em operações. A decisão foi tomada após o assassinato de Ryan da Silva Andrade Santos (4), morto em 5 de novembro no Morro de São Bento, em Santos, litoral paulista.
“Aquilo ali foi bastante emblemático para mim, então por isso que eu tomei a decisão de juntar esses treinamentos e fazer algo específico para que a gente possa entender melhor a possibilidade de danos colaterais”, acrescenta.
A corporação matou 474 pessoas entre janeiro e setembro de 2024 no estado, o que representa um aumenta de 81% no número registrado no ano passado (261). Mesmo assim, o comandante diz ter “bastante orgulho” da corporação e atribui o número ao aumento de operações.
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