Começa em Londres julgamento histórico de Assange, que definirá futuro da liberdade expressão. Por Joaquim de Carvalho

Atualizado em 24 de fevereiro de 2020 às 0:20

O pedido de extradição de Julian Assange para os Estados Unidos começa a ser julgado nesta segunda-feira, em Londres.

O julgamento poderá representar um marco nas relações jurídicas entre países.

Os Estados Unidos estão assumindo uma espécie de jurisdição internacional.

Se for extraditado, Assange poderá morrer na prisão, sem ter cometido nenhum crime. O que ele fez foi o exercício da liberdade de expressão, divulgou segredos do governo dos EUA.

Inclusive imagens que revelam crimes de guerra, na ocupação americana no Afeganistão e no Iraque.

O DCM deve acompanhar o julgamento, por meio da advogada brasileira Sara Vivacqua, que mora e trabalha em Londres e é do Comitê pela Liberdade de Assange.

Sara deve fazer uma entrada ao vivo no DCM Café da Manhã, a partir das 9h30 desta segunda-feira, diretamente da prisão onde se encontra Assange.

No sábado, ela participou de uma passeata, juntamente com o pai de Assange, John Shipton, Roger Waters (Pink Floyd), Yanis Varoufakis, Kristinn Hrafnsson (editor in chief do Wikileaks), Viviennne Westwood, coletes amarelos da França e mais 2000 pessoas.

Marcharam da embaixada da Australian até o parlamento britânico.

Estava lá também Adrian Stuart, que se apresenta apenas como @remainhumain.

Ele faz parte de um grupo de artistas de rua que se uniram para fazer “Brandalism”. É uma especie de desobediência civil através da arte de rua substituindo os espaços de propaganda. As fotos do passeata são dele. Stuart participou também produção de pôsteres que estão sendo colocados em Londres: