Comentaristas da GloboNews atribuem sucesso de Lula à “sorte” e enfrentam críticas

Atualizado em 16 de junho de 2023 às 17:23
Comentaristas da GloboNews debatem melhora da economia no governo Lula

Em um episódio recente do programa Central Globo News, um comentário da jornalista Mônica Waldvogel provocou uma onda de críticas. Durante uma discussão sobre os bons números da economia brasileira, ela afirmou que o presidente Lula (PT) é “sortudo”, minimizando os efeitos da gestão do petista e atribuindo os números positivos da economia brasileira à “sorte”​​.

A declaração teve o apoio de Eliane Cantanhêde, que tem um ódio colossal a Lula e é fã do ex-juiz Sergio Moro. “Todos aqui lembramos que ele sempre foi considerado um homem de muita sorte”, disse a comentarista, com um sorriso no rosto.

Os comentaristas Octavio Guedes e Merval Pereira rebateram as falas das colegas. Guedes argumentou que o “ambiente de negócios” é favorecido quando não se tem “um maluco” na presidência, referindo-se indiretamente ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Apesar de ser um crítico ferrenho de Lula, Merval ironizou as afirmações de Waldvogel e Cantanhêde, reconhecendo que seria difícil reduzir o sucesso contínuo da economia simplesmente à “sorte” do presidente​. “Se continuar nessa toada, vai ser difícil apenas falar que o Lula é sortudo”, brincou.

As declarações de Waldvogel provocaram uma reação forte, particularmente da presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann. Em um post no Twitter, ela defendeu Lula e criticou a mídia brasileira.

“Impressionante a má vontade com Lula de parte da mídia, dizer que os sinais positivos da economia são porque Lula é sortudo é fazer contorcionismo. Até o Merval deve que reconhecer. Engraçado que é na terceira vez com Lula. Nada é por acaso”​, disse a petista.

O incidente destacou as tensões existentes entre a mídia e a política no Brasil, e as reações a ele demonstram o contínuo desgosto de emissoras como a Globo em torno da figura de Lula e de sua administração.

Enquanto alguns concordam que a boa performance econômica é resultado de uma gestão eficiente, outros mais desonestos atribuem a situação a circunstâncias favoráveis ou “sorte”. O segundo argumento tem convencido cada vez menos gente.