
É assim que os métodos das máfias se reproduzem na política. O mafioso americano anuncia que vai quebrar todos os dedos dos brasileiros.
Os mafiosos brasileiros, aliados do mafioso americano, apresentam-se como negociadores. São como gerentes de ponto, que aparecem na hora ruim para fingir que resolverão o problema.
Os mafiosos locais ficam como mediadores do conflito, e o mafioso americano anuncia alguns recuos. São muitos os gerentões do capo que já avisaram que estão indo a campo para negociar com o próprio chefão.
São eles, os negociadores em cargos subalternos e franquias da máfia, que tentarão retirar a ameaça de quebrar três dedos agora e o resto depois. Talvez o chefão quebre só um dedo. Mas é preciso conversar com ele, e o chefão só conversa com quem trabalha para o grupo mafioso.
Gente que terá o dedo quebrado, principalmente das áreas do etanol, do café, da laranja e da agroindústria em geral, vai fingir acreditar que, no fim, as máfias são boazinhas.
E os mafiosos continuarão sendo mafiosos, lá e aqui.
(As big techs torcem pelas máfias, porque são parte do esquema.)