Como Banksy, o Bolt do grafite, retratou as Olimpíadas

Atualizado em 21 de novembro de 2012 às 20:42
Arremesso de vara segundo Bansky

 

Digamos assim. Existem corredores e existe Bolt.

Da mesma forma: existem grafiteiros e existe Banksy.

Banksy pertence a uma categoria à parte. Ele elevou a arte de rua a uma categoria antes nunca sonhada.

Nas Olimpíadas ele compareceu com dois grafites sensacionais pintados em Londres. Ninguém sabe, até aqui, onde eles estão. Soube-se que eles existem porque Banksy os postou em seu site.

Um mostra um lançamento de vara, e o outro um salto em altura. Ambos têm a marca iconoclasta de Banksy.

Um outro olhar para o salto em altura

Bansky é um mistério. Não se conhece sua identidade. Quem é este Michelangelo do grafite? É uma questão que fascina o mundo da arte, hoje.

Há pleno conhecimento de sua personalidade. Banksy é, essencialmente, um crítico social. É a contracultura dos anos 60 reencarnada. É contra a iniquidade, e amplamente a favor dos 99% consagrados nos movimentos de protesto nascidos com o Ocupe Wall St. Recentemente, uma frase sua pintada numa parede correu o planeta: “Infelizmente não conseguimos entregar o padrão de vida que você encomendou”.

Apagaram o palhaço gordo de Mau Mau

Os organizadores  das Olimpíadas combateram os grafites e os grafiteiros de Londres. Fizeram prisões. Apagaram uma pequena obra de arte de um artista de rua chamado Mau Mau, na qual um palhaço gordo era uma caricatura do McDonald’s, um dos patrocinadores dos Jogos – e uma crítica à influência do dinheiro nas Olimpíadas, expressa nos assentos vips vazios que, expostos nas transmissões da BBC, enfureceram londrinos que não conseguiam comprar ingressos por tudo estar “esgotado”. Aspas.

As Olimpíadas vão passar. Amanhã é a cerimônia de encerramento.  Mas a visão de Banksy sobre elas, traduzida em seus dois grafites, permanecerá per omnia secula seculorem.