Como bolsonaristas reagiram aos comentários de Trump sobre Lula

Atualizado em 23 de setembro de 2025 às 14:03
Os presidentes do Brasil, Lula, e dos Estados Unidos, Donald Trump. Foto: Reprodução

Paulo Figueiredo, aliado de Jair Bolsonaro e um dos principais articuladores dos ataques contra o Brasil nos Estados Unidos, elogiou a estratégia de Donald Trump durante sua participação na Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas). Ele disse que o republicano foi um “gênio” por elogiar o presidente Lula.

“Trump é realmente um gênio. Ele denuncia a ditadura brasileira e a invasão da jurisdição americana bem na ONU. Em seguida, diz que gosta do Lula, que o chamou para conversar e complementa dizendo que o Brasil vai continuar indo mal exceto se estiver ao lado dos EUA”, escreveu no X.

Ele diz que o americano deixou o petista em uma “situação impossível” por ter que negociar e que o gesto favorece a aprovação do projeto da anistia. “Entenderam que a anistia será ampla, geral e irrestrita?”, completou.

Figueiredo alegou que, embora Trump não tenha usado a palavra “ditadura”, ele fez críticas ao Brasil durante o discurso e acusou o país de “interferir nos direitos e liberdades dos cidadãos americanos”. Na visão dele, a fala coloca Lula em uma posição delicada.

Em seu discurso, Trump também sugeriu que o Brasil só seria capaz de melhorar suas condições com a ajuda dos Estados Unidos, afirmando que o país “está indo mal” e “continuará indo mal” sem a colaboração.

Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho de Bolsonaro, também se manifestou nas redes sociais elogiando a atuação de Trump. Para ele, nada do que aconteceu durante o discurso do republicano foi surpresa: “Elevou a tensão, aplicou pressão e, em seguida, reposicionou-se com ainda mais força à mesa de negociações”.

Ele também argumentou que a imposição de sanções contra Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro Alexandre de Moraes, foi um “recado claro e direto”.

Caique Lima
Caique Lima, 27. Jornalista do DCM desde 2019 e amante de futebol.