Como consequência da pandemia, aumentou 20% o consumo de empréstimos consignados

Atualizado em 27 de julho de 2020 às 13:30

A pandemia alterou consideravelmente a forma de vida das pessoas, pegou todo mundo desprevenido e obrigou as pessoas a trocarem as rotinas, assumirem novos hábitos e usar a criatividade para melhorar sua situação. Mas o uso de crédito ainda é uma das principais alternativas para resolver os problemas econômicos.

As medidas de isolamento, tomadas para evitar o contágio do Coronavírus favoreceu a união familiar, segundo o Observatório Febraban (II) sobre as famílias após a pandemia, e a tendência é que as novas rotinas tomadas neste sentido se mantenham, alterando as estruturas familiares. Muitas mudanças vêm para ficar, como a priorização do cuidado da saúde, 67% dos entrevistados indicam que está é uma nova prioridade.

Mas, no que respeita à economia os brasileiros estão esperando o melhor, porém se preparando para o pior, 53% deles acreditam que os gastos familiares permaneceram iguais. Apesar disso o cenário ainda não está estável e somente existem prognósticos que podem ou não acertar.

Um caso de perspectiva positiva é a pesquisa da Boa Vista SCPC sobre a procura por dinheiro emprestado, afirma que a busca em instituições financeiras subiu 6,8% em junho, comparado com o mês anterior. Com os resultados desta pesquisa ratifica que os meses de março a maio foram a pior fase para o setor financeiro como consequência da pandemia do Coronavírus e que esperam melhoras para os próximos devido às perspectivas de consumo e do mercado de trabalho.

Quais são os créditos procurados pelos brasileiros?

Atualmente as alternativas de crédito pessoal, sem nenhum tipo de garantia, são muitas. Além das tradicionais instituições (bancos e financeiras) estão as opções de promotoras financeiras que chegam a todas as cidades do país. Mas, os brasileiros também podem tomar empréstimos com pouca burocracia e de forma on-line em diferentes fintechs ou aproveitar as propostas de empréstimos entre pessoas, que eliminam boa parte dos intermediários e por isso podem oferecer baixas taxas de juros e um parcelamento longo.

No entanto, a opção de crédito favorita continua sendo o Crédito Consignado, apesar da situação no primeiro trimestre do ano a demanda por este tipo de crédito aumentou 20% segundo outro estudo da Febraban. Esse aumento em parte é devido às mudanças instituídas pela Medida Provisória 936 que, entre outros itens, permite o reajuste das parcelas para quem teve o salário reduzido. Também para aproveitar o novo prazo de carência (60 dias) e os refinanciamentos para melhorar as condições de pagamento.

Outro fator que poderá aumentar a demanda por esta modalidade de crédito é a possibilidade de quem tiver o salário reduzido ou suspenso, possa solicitar um prazo de 120 dias para retomar o pagamento das parcelas, que serão convertidas em prestações extras, com vencimentos posteriores ao da data atual de quitação do empréstimo e sem encargos nem juros.

Se bem que as atuais condições e as novas propostas são muito atraentes é importante fazer uma adequada avaliação do orçamento, verificar que realmente vale a pena fazer um empréstimo e que poderá arcar com as parcelas no cenário futuro.