Como esposa de sertanejo lavava dinheiro para o PCC, segundo a PF

Atualizado em 22 de agosto de 2025 às 22:10
A empresária Jaqueline Maria Afonso Amaral e o sertanejo Diego posando lado a lado, sorrindo, sentados
A empresária Jaqueline Maria Afonso Amaral e o sertanejo Diego – Reprodução/Instagram

A empresária Jaqueline Maria Afonso Amaral, ex-mulher de Júlio César Guedes de Morais, o Julinho Carambola, apontado como parceiro do líder do PCC Marcola, foi alvo da Operação Fruto Envenenado, realizada pela Polícia Federal e forças de segurança em Campo Grande (MS) na quinta-feira (21). Com informações do Estadão.

Atualmente casada com o cantor sertanejo Diego, da dupla Henrique e Diego, ela é investigada por lavagem de dinheiro e teve bens bloqueados, além de veículos e celulares apreendidos.

Segundo a Polícia Federal, Jaqueline movimentou quase R$ 3 milhões entre 2018 e 2022, repassando parte desse valor para contas de familiares e amigos com o objetivo de dificultar o rastreamento da origem do dinheiro, considerada criminosa.

A Justiça determinou o bloqueio de R$ 2,7 milhões em contas vinculadas à empresária e a outros suspeitos. Carros de luxo foram apreendidos em imóveis ligados a ela, incluindo uma residência no bairro Vila Nhanhá e um condomínio na saída para Três Lagoas.

Jaqueline Maria Afonso Amaral em cima de cavalo ao pôr-do-sol, de roupa branca e cabelo solto, de óculos escuros
Jaqueline Maria Afonso Amaral – Reprodução/Instagram

Em nota, a defesa da empresária afirmou que ela “recebeu com surpresa diligência de busca e apreensão na sua residência” e destacou que Jaqueline se afastou do ex-companheiro há anos, mantendo hoje um novo núcleo familiar.

Os advogados disseram ainda que a empresária atua de forma lícita no ramo musical, entregou o celular às autoridades e colaborou integralmente. A defesa prometeu esclarecer os fatos assim que tiver acesso ao processo.

A operação foi conduzida pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado em Mato Grosso do Sul (Ficco/MS), composta pela Polícia Federal, Polícia Militar do Estado, Polícia Penal Estadual (Agepen) e Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen).