Publicado originalmente no blog do autor
Por Fernando Brito
Se prenderam Steve Bannon, o marqueteiro do fascismo americano por fraude eleitoral, poderão um dia prender os garotos de Bolsonaro e seus cúmplices no Brasil pelos mesmos crimes?
Os garotos de Bolsonaro, amigos de Bannon, têm com o que se preocupar? Ou o que acontece nos Estados Unidos nunca acontecerá aqui?
A prisão do guru da extrema direita, mesmo que por roubo e (ainda) não pela manipulação das redes sociais, pode inspirar os próximos passos das investigações sobre o Gabinete do Ódio e o processo no TSE sobre as fraudes das mentiras na eleição brasileira.
A própria direita americana pode ter decidido dar um basta nos crimes cometidos pelas quadrilhas que cercam Trump.
Quando a direita brasileira fará o mesmo com Bolsonaro e seus milicianos?
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A FRAUDE
A prisão é motivada por apenas uma das pontas dos delitos cometidos pelo homem que ajudou a inventar Trump e colaborou no Brasil para a invenção de Bolsonaro.
Ele foi detido por causa das fraudes em uma campanha virtual de doações para a construção de um muro na fronteira entre Estados Unidos e México, uma das promessas de Trump.
A campanha, que levantou US$ 25 milhões, foi usada para angariar dinheiro de doadores. Mas era uma farsa, porque enganou apoiadores com a promessa de que todo o valor seria usado para a construção do muro, de acordo com o Departamento de Justiça dos EUA. O dinheiro foi desviado.
Há muitos outros crimes cometidos por Bannon, como a produção de fake news, que inspiraram a campanha de Bolsonaro. O homem de Bannon no Brasil é Eduardo Bolsonaro.
Mas o guru tem influência sobre Ernesto Araujo e orienta até as relações exteriores brasileiras. Os americanos acabam de prender um bandido íntimo da família Bolsonaro e com voz de comando sobre a estrutura de poder no Brasil.
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A notícia da prisão de Steve Bannon é manchete do The Wall Street Journal e do USA Today, mas está jogada lá no meio da página do The New York Times.