Como ficam os judeus que se divertiram com Bolsonaro na Hebraica? Por Leandro Fortes

Atualizado em 17 de janeiro de 2020 às 11:16
Bolsonaro na Hebraica

Publicado originalmente no perfil do autor no Facebook

SION

Fico pensando naquela turma da Hebraica, no Rio de Janeiro, que recebeu Jair Bolsonaro, às gargalhadas, quando ele fez piada com arrobas e quilombolas, durante a campanha de 2018.

Judeus se divertindo com um nazista, numa associação hebraica, embalados pela cantilena tóxica da ideologia judaico-cristã – enganação inventada pelo imperialismo americano para dar aos sionistas de Israel a narrativa diplomática para apoiar os interesses dos Estados Unidos no Oriente Médio.

Aí incluído o genocídio palestino.

Agora, Roberto Alvim, secretário de Cultura de Bolsonaro, citou Joseph Goebbels, ministro da Propaganda da Alemanha Nazista, para anunciar o Prêmio Nacional das Artes.

Trata-se de um movimento clássico de fagocitose ideológica.

Na Alemanha dos anos 1930, os judeus que não viram em Hitler um demônio, mas uma saída contra o bolchevismo, acabaram em campos de concentração ou, os mais afortunados, no exílio.

No Brasil desses maus tempos, os idiotas que deram palco a um demente, na Hebraica do Rio, ainda têm tempo de se arrepender.