Como Tarcísio pretende lidar com ataques de Eduardo Bolsonaro

Atualizado em 11 de outubro de 2025 às 10:58
O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) ao lado do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Foto: Eduardo Knapp

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), tem adotado uma estratégia discreta para enfrentar os ataques de Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Mesmo ciente de que está no alvo do deputado federal, Tarcísio decidiu não reagir e tenta reduzir as tensões com o grupo bolsonarista, conforme informações da colunista Bela Megale, do Globo.

Nas últimas semanas, Tarcísio foi aconselhado por aliados a se aproximar de Donald Trump, em um movimento que equilibraria a aproximação de Lula com o governo dos Estados Unidos. O governador, porém, recusou a ideia e avisou que não queria se envolver em disputas com o “Bananinha”.

Durante a visita que fez ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no fim de setembro, Tarcísio também evitou qualquer comentário sobre Eduardo. Pessoas próximas relatam que o governador evita responder a provocações e repete que não transformará o impasse em conflito político.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), visita o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está em prisão domiciliar em Brasília. Foto: Reprodução

“Foco em São Paulo”

A orientação de Tarcísio é manter distância das polêmicas e reforçar o discurso de que seu foco está em governar São Paulo e buscar a reeleição, e não em disputar a Presidência da República. A postura, avaliam aliados, faz parte de uma tentativa de esvaziar o embate e se afastar das disputas internas da direita.

Questionado sobre os ataques de Eduardo, o governador paulista costuma responder de forma breve: o deputado “não é um problema seu”. A estratégia é deixar o assunto esfriar e evitar qualquer gesto que possa alimentar novas críticas.

Apesar das declarações, Eduardo Bolsonaro e parlamentares do Centrão não acreditam que Tarcísio esteja fora da corrida presidencial. A desconfiança aumentou após a atuação do governador para derrubar, no Congresso, a Medida Provisória que ajudaria o governo Lula a aumentar a arrecadação.