Embora o Centrão tenha deixado claro ao presidente Jair Bolsonaro (PL) que quer um nome integrado pela cúpula dos partidos para o cargo de vice, o da ex-ministra Tereza Cristina (Progressistas) é o preferido do grupo, ele já avisou que não quer. A preferência para a vaga é de Braga Netto (PL), companheiro de golpe.
A jornalista Bela Megale trouxe neste sábado (25) a informação de que nem o Centrão acredita mais que a ex-ministra da agricultura será vice na chapa de Bolsonaro. O DCM apurou que o próprio presidente já avisou a cúpula dos partidos que prefere Braga Netto por ser mais alinhado a seus pensamentos.
Entre os membros dos partidos que integram o apoio ao presidente, a sinalização do general como vice é uma amostragem de que, apesar de todos os pedidos das siglas, Bolsonaro pretende mesmo caminhar para uma tentativa de golpe. Um integrante do núcleo duro da campanha pela reeleição explicou que a decisão vai contra tudo o que o ajudaria.
“Não faz sentido essa escolha porque o Braga Netto não agrega nada. Nem condições políticas porque não tem história em nenhum partido e muito menos votos, já que seus simpatizantes são bolsonaristas e eleitores convictos”, diz o parlamentar sob a condição de anonimato.
Para ele, se Braga Netto for mesmo escolhido por Bolsonaro a única justificativa é de que o presidente já sabe que perdeu e tentará dar um golpe. “Com um militar de vice, a narrativa de golpe ganha mais força”, completa. Questionado se existe chance de uma vitória em um levante não democrático, ele conclui. “Difícil”.