
Tremane Wood (46) escapou da execução minutos antes de receber a injeção letal em Oklahoma, nos Estados Unidos. Condenado por um assassinato que ocorreu em 2002, ele teve a pena convertida para prisão perpétua após um indulto concedido pelo governador Kevin Stitt.
A decisão reverteu uma execução que já estava marcada e prestes a acontecer. Wood seria executado às 10h de quinta (13) na Penitenciária Estadual de Oklahoma. No entanto, Stitt acatou a recomendação da Junta de Indultos e Liberdade Condicional, que em 5 de novembro votou por 3 a 2 pela comutação da pena.
“Após uma revisão exaustiva dos fatos e uma profunda reflexão, decidi aceitar a recomendação da Junta”, afirmou o governador. A defesa relatou que Tremane já havia feito sua última refeição quando agentes foram até sua cela para comunicar a mudança na sentença.
Segundo a advogada Amanda Bass Castro-Alves, ele “desabou no chão, tomado por emoção e gratidão ao governador Stitt por poupar sua vida” depois de duas décadas aguardando execução.

O caso também envolve o irmão de Tremane, Jake Wood, que recebeu prisão perpétua por participação no crime ocorrido em 2002, durante um assalto mal-sucedido a um motel em Oklahoma City. Jake confessou ter sido o responsável por esfaquear a vítima até a morte. Ele se suicidou na prisão em 2019.
O episódio ocorre em um ano marcado pelo maior número de execuções nos EUA desde 2012. Segundo o jornal El País, 42 pessoas foram executadas em 2025, enquanto 23 estados já aboliram a pena de morte e outros três mantêm moratórias.
Na esfera política, o presidente Donald Trump continua defensor da ampliação das execuções. No primeiro dia de seu mandato, ele pediu a ampliação da pena de morte “para os crimes mais hediondos”. Em setembro, assinou um decreto autorizando sua aplicação em Washington, D.C.