Condenado pela morte de Chico Mendes assume presidência do PL em cidade do PA

Atualizado em 27 de fevereiro de 2024 às 19:18
Réu confesso do assassinato de Chico Mendes, Darci Alves (esquerda) assume presidência do PL em Medicilândia (PA) ao lado do deputado estadual Rogério Barra. Foto: Reprodução

Réu confesso e condenado a 19 anos de prisão pelo assassinato de Chico Mendes em 1990, Darci Alves Pereira é o novo presidente do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, em Medicilândia (PA). Sua nomeação ocorreu em novembro de 2023, mas a cerimônia de posse foi marcada para o fim de janeiro.

O evento ocorreu na Câmara de Vereadores da cidade e contou com a presença do deputado estadual Rogério Barra, secretário-executivo da sigla no Pará e afilhado político de Darci. Ele se apresenta como pré-candidato a vereador na cidade.

Darci se estabeleceu na cidade após cumprir parte da pena pelo assassinato do líder sindicalista. Segundo moradores de Medicilândia, ele se apresenta como “Daniel” na região e ficou conhecido por doar dinheiro para igrejas e famílias necessitadas.

Ele, que se converteu à igreja evangélica há alguns anos, também atua na Assembleia de Deus da Última Hora e é conhecido no município como “Pastor Daniel”. Darci mantém uma fazenda produtora de cacau e gado na região, de acordo com o site O Eco.

Darly Alves e o filho, Darci, durante julgamento pela morte de Chico Mendes. Foto: Reprodução

Chico Mendes foi morto com um tiro no peito em dezembro de 1988, no quintal de sua casa em Xapuri (AC). Dois anos depois, Darci e seu pai, Darly Alves da Silva, confessaram o crime e foram condenados a 19 anos de prisão como executor e mandante do crime, respectivamente.

Eles foram presos na penitenciária Francisco de Oliveira Conde, em Rio Branco (AC), e fugiram em 1993, passando três anos foragidos. A Polícia Federal recapturou pai e filho em 1996, e os dois foram levados ao complexo penitenciário de segurança máxima da Papuda, em Brasília.

Três anos depois, Darly conquistou o direito de cumprir pena em prisão domiciliar após alegar problemas de saúde e o filho foi para o regime semiaberto por bom comportamento.

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