“Condenam Lula por defender a humanidade”, diz Gleisi sobre posição do Brasil em Haia contra Israel

Atualizado em 13 de janeiro de 2024 às 14:10
A presidente nacional do PT e deputada Gleisi Hoffmann. Foto: Zeca Ribeiro/Agência Câmara

Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT, defendeu o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva das críticas recebidas por seu apoio à ação da África do Sul na Corte de Haia contra Israel.

Em uma postagem neste sábado (13), Gleisi contestou acusações de que Lula teria agido de forma “intempestiva, parcial, desequilibrada e antissemita”. Ela destacou a falta de análise sobre a “tragédia do povo palestino” por parte da imprensa brasileira, que, segundo ela, defende o governo de extrema-direita de Netanyahu.

A dirigente petista citou editoriais “uníssonos” na imprensa brasileira que condenaram rapidamente o presidente Lula pelo apoio à iniciativa da África do Sul.

Entre eles, mencionou o editorial da Folha de S. Paulo, que opinou que o Brasil “erra ao deixar equidistância no Oriente Médio” e fez críticas à reação de Israel ao Hamas.

O jornal O Globo, por sua vez, considerou o endosso de Lula como uma “agressão injusta a Israel”, violando a tradição de equilíbrio da diplomacia brasileira. Já o editorial do O Estado de S. Paulo afirmou que a decisão do governo foi “infeliz” e que o Brasil só tem a perder ao se envolver de maneira lamentável em uma questão complexa.

O julgamento do recurso de emergência da África do Sul na Corte Internacional de Justiça em Haia acusa Israel de violar a Convenção para a Prevenção e a Repressão do Crime de Genocídio.

A África do Sul busca a suspensão imediata das operações de Israel em Gaza e medidas de proteção aos palestinos. O Itamaraty informou que Lula apoia a iniciativa “à luz das flagrantes violações ao direito internacional humanitário”.

Veja a postagem de Gleisi nas redes sociais:

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