Confusão na Alesp: bolsonaristas são chamados de traidores por aliado de Tarcísio

Atualizado em 9 de maio de 2023 às 19:59
Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). Foto: André Ribeiro

Deputados da base do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), se revoltaram com uma mensagem de um integrante do governo chamando o grupo de traidor. Com informações da Folha de S.Paulo.

A mensagem em questão foi atribuída a um assessor da Secretaria da Segurança Pública (SSP). A confusão na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) ocorreu em meio ao projeto de votação do aumento para policiais.

Parlamentares foram surpreendidos com o artigo que aumenta o valor de contribuição de aposentados. A bancada teve que dar explicações a seus eleitores e se reuniu com o governador, que prometeu alterar a medida.

“O Governo foi traído pela Base na Alesp, o único lugar ele tinha certeza que o apoiaria até a morte. Primeiro ano de governo, o Tarcísio está pagando os 20% do Doria (a conta ficou pra ele) e dando mais 20,2%!”, diz a mensagem, que circula entre os deputados.

“Recebemos hoje muito consternados uma mensagem, como já dito aqui, de um assessor da Secretaria de Segurança acusando a base do governo de traição, nos chamando de traidores”, disse o deputado Lucas Bove (PL).

Deputado estadual Gil Diniz. Reprodução

Entidades ligadas a policiais têm feito forte pressão sobre os deputados, principalmente aqueles ligados à chamada bancada da bala.

Gil Diniz (PL), um dos deputados mais próximos da família do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), foi outro que citou o fato, enquanto presidia a sessão e reagiu. “Podem vaiar à vontade. Mas são esses [deputados] que estão tentando a todo custo [defender os policiais], inclusive sendo chamado por assessor de secretário de traidores. Então é assessor chamando essa base de traidora e vocês que estão sendo defendidos vaiando esses deputados”, disse.

Outro bolsonarista, Major Mecca (PL), também citou a mensagem, mas afirmou que não acredita que Tarcísio retire o projeto da Alesp.

“Nós nos unimos num grupo de deputados para que nós não entrássemos nessa onda, que muitos querem fazer, de pichar o governador Tarcísio de Freitas”, disse, acrescentando discordar de pontos da tabela apresentada na lei.

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