
O enredo que envolve a herdeira da Samsung, Lee Boo-jin, e seu relacionamento com seu segurança, Im Woo-jae, é digno de um roteiro dramático, com elementos de amor, desafios familiares e complexidades sociais.
Lee Boo-jin, nascida em 6 de outubro de 1970, é filha de Lee Kun-hee, o falecido presidente da Samsung, e herdeira de um dos maiores impérios empresariais do planeta. Conhecida como a “princesa da Samsung”, ela carrega não apenas o peso do sobrenome de sua família, mas também uma história de sucesso pessoal.
Apesar de sua posição privilegiada, Boo-jin foi educada nas melhores instituições da Coreia do Sul e ingressou na Samsung em 1995, onde construiu sua carreira de forma independente, sem recorrer ao nepotismo.
O encontro entre Boo-jin e Woo-jae, seu segurança pessoal, parece saído de uma narrativa romântica. Os dois se conheceram em 1995 durante uma ação social em um abrigo para crianças com deficiência em Seul. Embora viessem de origens sociais radicalmente diferentes, Boo-jin, a herdeira de uma das famílias mais ricas do país, e Woo-jae, um ex-segurança de origem humilde, encontraram um ao outro em meio à desigualdade de sua sociedade.
O relacionamento entre Boo-jin e Woo-jae desafiou as expectativas sociais e as convenções familiares. Enquanto se apaixonavam, enfrentaram a oposição do pai de Boo-jin, Lee Kun-hee, que teria preferido que sua filha se casasse com um herdeiro de uma grande empresa, seguindo a tradição dos chaebols.

Chaebol é um grande conglomerado industrial que é administrado e controlado por uma família na Coreia do Sul. Um chaebol geralmente consiste em muitas afiliadas diversificadas, controladas por uma pessoa ou grupo de pessoas cujo poder sobre o grupo frequentemente excede a autoridade legal.
No entanto, o amor prevaleceu sobre as pressões sociais, e em agosto de 1999, Boo-jin e Woo-jae se casaram, dando início a uma nova fase de suas vidas.
Após o casamento, Boo-jin e Woo-jae enfrentaram desafios adicionais, incluindo rumores de traição por parte de Woo-jae e a pressão da opinião pública sobre o casal. Enquanto Boo-jin continuava a ascender na Samsung, tornando-se uma figura proeminente no mundo dos negócios, Woo-jae enfrentava críticas e escrutínio por sua origem social e desempenho na empresa.
O divórcio entre Lee Boo-jin e Im Woo-jae, em 2014, marcou o fim de uma era e o início de uma nova fase na vida de ambos. O processo de separação foi longo e complexo, envolvendo disputas judiciais e a divisão de uma fortuna avaliada em bilhões de dólares.
No processo, Woo-jae chegou a alegar que Boo-jin fazia falsas acusações contra ele. “Os advogados de Boo-jin estão contando mentiras no tribunal. Estão dizendo que passei meu tempo bebendo em vez de estudar e que bati nela”, disse ao The Hankyoreh.
Em 2016, o ex-guarda-costas entrou com uma ação paralela à de divórcio, solicitando uma pequena quantia em pensão alimentícia e a divisão de ativos no valor de 1,2 trilhão de wons (cerca de R$ 3 bilhões). Isso atraiu a atenção do público, pois foi a maior ação judicial de divisão de bens já registrada na Coreia do Sul.
Apesar dos desafios, Boo-jin manteve sua posição na Samsung e continuou a desempenhar um papel importante no mundo dos negócios, enquanto Woo-jae deixou a empresa e buscou uma nova vida longe dos holofotes.
Há quem acredite que o casamento entre Lee Boo-jin e Im Woo-jae não tenha sido apenas um caso de amor, mas também uma jogada profissional da herdeira da Samsung. A teoria, nesse caso, tem a ver com as discrepâncias de gênero nos altos cargos dos chaebols.
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