
O bolsonarista Ramiro Alves Da Rocha Cruz Junior, conhecido como Ramiro dos Caminhoneiros, é um dos alvos preso na manhã desta sexta-feira (20), pela Polícia Federal (PF) durante a primeira fase da operação Lesa Pátria, que mira financiadores e participantes de atos terroristas ocorridos em Brasília, em 8 de janeiro.
O apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) usava as redes sociais para incitar atos golpistas e pedir dinheiro para realizá-los. Ramiro chegou a visitar os manifestantes terroristas detidos no ginásio da Polícia Federal em que eram mantidos. No entanto, o bolsonarista não estava entre os presos.
Ramiro, que também é filiado ao PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, foi candidato a deputado estadual pelo estado de São Paulo. Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ele recebeu R$ 150 mil em recursos da sigla. No entanto, não se elegeu.
De acordo com um levantamento feito pela Palver, empresa responsável por monitorar anonimamente 17 mil grupos públicos de conversas políticas no país, o nome “Ramiro Caminhoneiro” foi mencionado pelo menos 82 vezes em grupos de aplicativos de mensagens usados por bolsonaristas para organizar as caravanas para Brasília (DF).
Vale destacar que o bolsonarista aparece como organizador das caravanas. “Quem precisar de ônibus para Brasília, só chamar no WhatsApp. 11 (número ocultado por questões de segurança). Ramiro Caminhoneiro está disponibilizando 3.000 Onibus (sic)”, diz uma das mensagens mais virais no WhatsApp.
“Quem precisar de ônibus para Brasília, só chamar no WhatsApp 11 (ocultado). Ramiro Caminhoneiro está disponibilizando 33 mil Onibus. *CARAVANAS da liberdade para BRASÍLIA QG”, diz outra mensagem.
Outro levantamento feito pela Lagom Data aponta que o simpatizante do ex-presidente é sócio de duas empresas do ramo de transportes.