Conselheiro da Vale renuncia e reclama de “manipulação” na escolha de CEO

Atualizado em 12 de março de 2024 às 19:04
Logo da Vale. Foto: Reuters

Conselheiro independente da Vale, José Luciano Duarte Penido renunciou ao posto nesta segunda (11) e reclamou de suposta “influência política” na mineradora. Em carta, ele afirma que o processo de sucessão da empresa “vem sendo conduzido de forma manipulada”.

“No Conselho se formou uma maioria cimentada por interesses específicos de alguns acionistas lá representados, por alguns com agendas bastante pessoais e por outros com evidentes conflitos de interesse”, diz o ex-conselheiro da mineradora em sua carta.

Penido ainda reclama de vazamentos de informações à imprensa e diz que falta compromisso com a confidencialidade na Vale. O ex-conselheiro também afirma que não acredita mais “na honestidade de propósitos de acionistas relevantes da empresa no objetivo de elevar a governança corporativa da Vale ao padrão internacional de uma corporation [empresa sem controle definido]”.

O ex-conselheiro da Vale José Luciano Duarte Penido. Foto: Reprodução

A carta foi enviada a Daniel Stieler (presidente do conselho), a Gustavo Pimenta (diretor Financeiro e de Relações com Investidores) e a Luiz Gustavo Gouvea (diretor de Governança Corporativa). Ele foi eleito para o cargo e tinha mandato de maio de 2023 a abril de 2025.

Na última sexta (8), o Conselho de Administração da Vale promoveu uma reunião extraordinária e decidiu renovar o contrato de Eduardo Bartolomeo, atual CEO da mineradora, até 31 de dezembro de 2024. Seu mandato se encerraria em maio.

Uma empresa de recursos humanos será contratada para elaborar uma lista tríplice com indicações de sucessores e Bartolomeo participará da escolha e da transição de comando da Vale até o fim de 2025.

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