
Jason Miller, um dos principais conselheiros de Donald Trump, atacou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, em publicação feita nas redes sociais. Ele chamou o magistrado de “ditador” e convocou apoiadores para participarem do ato de 7 de Setembro, no Brasil.
“Amanhã [7/9], no 203º aniversário de sua independência, o mundo vai perceber que o Brasil está mais uma vez sob um regime ditatorial… liderado por Alexandre de Moraes”, escreveu.
3 yrs. ago I joined Brazil in celebrating their bicentennial.
Tomorrow, on the 203rd ann. of their independence, the world will take notice that Brazil is once again under a dictatorial regime…led by @STF_oficial @Alexandre.
The world is watching, Moraes!#FreeBolsonaro 🇧🇷 pic.twitter.com/GdNpT43RlV
— Jason Miller (@JasonMiller) September 6, 2025
As declarações foram feitas após o segundo dia de julgamento de Jair Bolsonaro (PL), acusado de tentativa de golpe de Estado. Para Miller, o ministro representa uma ameaça direta à democracia brasileira.
“Alexandre de Moraes não pode nos calar a todos. Jamais nos calaremos enquanto esse ditador estiver destruindo a liberdade e a democracia”, disse o aliado de Trump em seu perfil no X.
Em outra parte da publicação, o conselheiro citou o perfil oficial do STF e afirmou que a comunidade internacional precisa reagir ao que chamou de abusos.
“O resto do mundo precisa acordar para o que Moraes está fazendo com o orgulhoso povo do Brasil”.
.@STF_oficial @Alexandre de Moraes can’t silence all of us. We will never go quiet so long as that dictator is destroying freedom and democracy!
The rest of the world must wake up to what Moraes is doing to the proud people of Brazil! 🇧🇷 #FreeBolsonaro #SaveBrazil pic.twitter.com/gwpxryKf1P
— Jason Miller (@JasonMiller) September 4, 2025
Vale lembrar que Miller tem mantido proximidade com o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e ambos defendem que os Estados Unidos imponham sanções a Moraes e a autoridades brasileiras que apoiam o julgamento do ex-presidente ou rejeitam a anistia de presos pelos atos de 8 de Janeiro.
Essa não foi a primeira vez que Miller se envolveu em polêmicas no Brasil. Em 2021, por ordem de Moraes, ele foi detido no Aeroporto Internacional de Brasília e interrogado pela Polícia Federal (PF) por suposta incitação a atos antidemocráticos. Na ocasião, visitava o país para divulgar a rede social Gettr durante a Conferência da Ação Política Conservadora (CPAC), organizada por Eduardo Bolsonaro.