
O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados iniciou uma investigação contra o deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) nesta quarta (11). Por dez votos contra dois, o colegiado aprovou a abertura de uma apuração contra o parlamentar por empurrar um militante do MBL (Movimento Brasil Livre) que ofendeu sua mãe.
Glauber responderá por quebra de decoro após ter retirado o militante da Casa Legislativa. O deputado federal Paulo Magalhães (PSD-BA) é relator do processo contra o psolista e afirmou que é inevitável aprovar a abertura da investigação.
“Como poderia eu livrar o deputado Glauber de vir aqui esclarecer e mostrar a negativa de tudo aquilo que está no meu relatório? Eu estaria dando oportunidade a que ele viesse aqui e mostrasse, não só a nós, mas a todo o Brasil, que ele estava sendo injustiçado”, argumentou.
A representação contra Glauber foi apresentada pelo partido Novo, que pediu a cassação de seu mandato por supostas violações das “normas de decoro” da Casa. Caso o colegiado aprove o fim de seu mandato ou a suspensão temporária, a recomendação precisará ser aprovada pelo plenário por ao menos 257 dos 513 deputados.

O deputado do PSOL acusou Magalhães e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), de articularem a cassação de seu mandato. Ele receberá uma cópia do relatório do colegiado e terá dez dias úteis para protocolar sua defesa por escrito, apresentar provas e indicar testemunhas.
Durante a sessão desta quarta, Sâmia Bomfim (PSOL-SP) defendeu o marido e afirmou que Lira estaria empenhado em cassar seu mandato. Ela ainda relatou que apenas duas das 34 representações apresentadas no conselho foram aceitas, sendo a outra contra o deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), acusado de mandar matar Marielle Franco, e avaliou que há desproporcionalidade no colegiado.
Relembre o episódio que gerou a representação contra Glauber:
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