Conselho de Segurança da ONU determina pausa humanitária e proteção de crianças em Gaza

Atualizado em 15 de novembro de 2023 às 18:45
Palestinos vítimas de bombardeios em Gaza. Foto: reprodução

Nesta quarta-feira (15), o Conselho de Segurança da ONU aprovou a resolução proposta por Malta referente ao conflito no Oriente Médio entre Israel e Hamas. A decisão destaca a necessidade medidas humanitárias cruciais em meio à escalada de hostilidades.

O documento exige, com urgência, uma pausa no conflito para estabelecer corredores humanitários em toda a Faixa de Gaza. Essa interrupção visa garantir o acesso ininterrupto de agências humanitárias e parceiros, como a Cruz Vermelha Internacional, para fornecer serviços essenciais e auxílio à sobrevivência da população palestina.

É importante ressaltar que a resolução não faz acusações diretas contra Israel e evita rotular os ataques do Hamas como “atos terroristas”.

ONU aprova resolução que prevê pausa humanitária e proteção de crianças — Foto: Reprodução

Vanessa Frazier, representante permanente de Malta na ONU, enfatizou antes da votação: “Inúmeros civis estão agora sofrendo as consequências devastadoras que o conflito armado traz consigo”.

A Rússia, único país a expressar preocupações, classificou o texto como “desequilibrado”, destacando as complexidades da diplomacia em torno da questão.

A votação expressiva, com 12 votos a favor e nenhuma objeção, marca um passo significativo no esforço internacional para lidar com a crise humanitária desencadeada pelo conflito. Além disso, ela ocorreu no mesmo dia em que forças israelenses conduziram uma operação militar no maior hospital de Gaza, alegando presença de membros do Hamas no local.

O texto aprovado solicita a continuidade da pausa humanitária pelo tempo necessário para garantir a chegada efetiva de ajuda às crianças e civis. O objetivo é facilitar a entrega contínua de água, eletricidade, alimentos e suprimentos médicos essenciais.

Além disso, a resolução abrange reparos de emergência em infraestruturas vitais, evacuação médica de crianças doentes, esforços de resgate e recuperação, e, crucialmente, a libertação de todos os reféns, com ênfase especial em crianças.

O documento reitera a importância de todas as partes do conflito cumprirem suas obrigações sob as leis internacionais, enfatizando a proteção total às crianças, independentemente de sua afiliação.

A tentativa da Rússia de última hora de alterar a resolução para incluir um apelo imediato a uma trégua humanitária foi rejeitada, resultando em debates antes da votação.

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