
O comércio de Belém já sente os efeitos da expectativa pela COP30 e aposta em produtos personalizados para atrair visitantes de todo o mundo. No tradicional mercado Ver-o-Peso, barracas exibem desde imãs de geladeira até o perfume “chama gringo”, criado especialmente para a conferência. A vendedora Joseane Silva afirma que o perfume tem fórmula secreta e “já está vendendo bem”.
A erveira mais conhecida do mercado, Beth Cheirosinha, de 75 anos, também aposta no sucesso do evento. Ela está lançando o “Banho da COP”, mistura de ervas como abre-caminho e folha-da-fortuna, e garante que o segredo é “ter fé em Deus e acreditar no poder da natureza”. Sua barraca, ponto turístico no Ver-o-Peso, chegou a receber a cantora Mariah Carey durante sua passagem por Belém no último mês.
O clima de otimismo toma conta do mercado, embora muitos comerciantes ainda confundam o nome da conferência com “copa”. O vendedor de tucupi Jeziel Souza admite não saber do que se trata o evento, mas diz esperar “muita venda”. A chegada de turistas e delegações estrangeiras deve ampliar o fluxo de visitantes no centro histórico e nos mercados populares.

Entre os produtos mais procurados estão as pimentas artesanais de Tiago Raiol, que mistura ingredientes típicos da Amazônia, como cupuaçu, bacuri e açaí. Ele afirma que pretende triplicar a produção e contratar um funcionário extra para atender a demanda durante o período da conferência climática.
Além dos vendedores do Ver-o-Peso, empresas locais também estão se preparando para receber o público da COP30. A sorveteria Cairu, patrimônio cultural do Pará, criou o sabor COP30, que combina pistache, castanha-do-Pará e doce de cupuaçu, simbolizando a união da Amazônia com o mundo.
Os comerciantes esperam que o evento traga um impulso duradouro à economia local e fortaleça a imagem de Belém como capital da Amazônia. Para muitos, a COP30 é mais do que uma conferência: é uma oportunidade de mostrar ao planeta a força da cultura e da criatividade paraense. Com informações do Globo.