
O secretário executivo da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, Simon Stiell, fez neste sábado (15) um apelo aos países que participam da COP30 para que ampliem esforços nas negociações em Belém. Ele afirmou que os governos precisam avançar para garantir resultados alinhados ao Acordo de Paris. Durante o pronunciamento, Stiell disse que os participantes têm a responsabilidade de preservar e implementar o tratado climático.
Com a chegada de ministros de vários países prevista para os próximos dias, Stiell destacou que é necessário concluir o trabalho técnico iniciado na primeira semana. Segundo ele, essa etapa é essencial para permitir que as discussões políticas avancem no ritmo esperado. O secretário afirmou que diferentes temas precisam ser consolidados para que a segunda fase da conferência transcorra sem bloqueios.
Stiell declarou que os países devem considerar as prioridades de outras nações para evitar impasses. Ele afirmou que as últimas conferências do clima registraram entregas relevantes e que a COP30 precisa manter esse nível. De acordo com o secretário, pontos que parecem secundários para algumas delegações são centrais para outras, o que exige mais disposição ao diálogo.

O secretário mencionou que os negociadores devem intensificar conversas nos corredores e reuniões paralelas para tentar fechar acordos. Ele afirmou que os principais temas para um resultado equilibrado já foram identificados, mas disse que ainda não está claro se todas as delegações estão prontas para tratar desses pontos de forma conjunta. Stiell afirmou que é necessário avançar de maneira rápida.
Durante o discurso, Stiell citou manifestações populares, tempestades e registros de impactos climáticos em diversos países como sinais da necessidade de ação imediata. Ele afirmou que não há tempo a perder e que os participantes precisam retomar os trabalhos para tentar alcançar consenso até o fim da conferência.
A COP30 entra nesta semana em sua fase final, com encerramento previsto para sexta-feira (21). As diferenças entre países permanecem sem solução, com quatro temas principais em aberto: financiamento climático, regras de proteção comercial com base ambiental, níveis distintos de ambição nas metas e questionamentos sobre transparência e critérios de dados utilizados nas negociações.