COP30 quer transformar turismo da Amazônia em modelo global de sustentabilidade

Atualizado em 20 de outubro de 2025 às 21:08
Painel em Belém (PA) anuncia a COP-30, conferência da ONU sobre mudanças climáticas que será realizada na Amazônia em 2025. Foto: Reprodução

A 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30), que será realizada em Belém (PA) em novembro de 2025, terá foco na integração entre turismo sustentável e combate à crise climática. O Ministério do Turismo (MTur) vê o evento como uma vitrine para práticas responsáveis e para a criação de um legado de desenvolvimento resiliente na Amazônia.

Segundo o ministro do Turismo, Celso Sabino, o encontro será um marco para o país. “A COP30 em Belém não é apenas uma conferência; é uma convocação para a ação. Queremos mostrar ao mundo que o turismo na Amazônia pode gerar renda, valorizar a cultura local e manter a floresta em pé”, afirmou.

A conferência permitirá que líderes e especialistas de todo o mundo discutam soluções diretamente imersos no bioma amazônico, considerado essencial para o equilíbrio climático global. Serão abordados temas como bioeconomia, turismo de base comunitária, descarbonização do transporte de visitantes e valorização dos saberes tradicionais.

Imagem aérea de desmatamento na Amazônia. Foto: reprodução

O MTur trabalha em uma agenda positiva para apresentar o Brasil como referência mundial em turismo verde e inovação climática. A preparação está alinhada ao Plano Nacional de Turismo (PNT) 2024-2027 e ao Plano Clima Adaptação, que reforçam o papel estratégico do setor na economia de baixo carbono.

O governo destinou R$ 172 milhões via Fungetur para modernizar a rede hoteleira de Belém. Além disso, mais de mil acomodações estão reservadas para delegações estrangeiras, e duas embarcações com capacidade para 6 mil pessoas serão usadas como hospedagem. Sessenta países, incluindo Egito, Noruega, Japão, Arábia Saudita e Portugal, já confirmaram presença.

Para o ministério, a COP30 será decisiva para consolidar o turismo como ferramenta de proteção territorial e inclusão social. O objetivo é deixar um legado permanente de infraestrutura, empregos e políticas públicas sustentáveis na Amazônia.