
A FIFA estuda transferir parte dos jogos da Copa do Mundo de 2026 dos Estados Unidos para o Canadá, diante das dificuldades enfrentadas por torcedores, delegações e jornalistas para obter vistos de entrada no território norte-americano.
O prazo para emissão dos documentos, em alguns consulados, chega a ultrapassar 300 dias, o que ameaça a logística do evento e o planejamento de quem precisa chegar com antecedência ao país.
A situação tem preocupado a entidade máxima do futebol mundial, especialmente devido às restrições migratórias herdadas do governo de Donald Trump.

O Canadá surge como alternativa viável por ter políticas migratórias mais flexíveis, além de um sistema mais ágil e previsível na emissão de vistos. A mudança afetaria partidas em locais estratégicos, com grande fluxo de visitantes de países com histórico de restrição nas autorizações americanas.
Cidadãos de ao menos 43 países, entre eles o Irã, estão entre os mais prejudicados, já tendo relatado dificuldades para conseguir a documentação necessária.
Diante das críticas, o governo dos EUA prometeu acelerar o processo com o uso de inteligência artificial. O objetivo é normalizar a situação antes do início do torneio, previsto para junho de 2026.
O presidente da FIFA, Gianni Infantino, segue minimizando o impacto da crise dos vistos, reafirmando os Estados Unidos como sede principal do torneio. No entanto, a possibilidade de realocação de jogos segue em análise, e nenhuma decisão oficial foi anunciada até agora.