Copom reduz Selic em 0,5% e juros caem para menor índice em 16 meses: 12,75%

Atualizado em 20 de setembro de 2023 às 19:51
Fachada do Banco Central, só nome e símbolo aparecendo
Sede do Banco Central em Brasília. Foto: Marcello Casal Jr

Nesta quarta (20), o Banco Central diminuiu o valor da Taxa Selic de 13,25% para 12,75% ao ano. A decisão ocorreu após os diretores do Comitê de Política Monetária (Copom) votarem de forma unânime pela redução do índice. Essa foi a segunda redução da taxa básica de juros nos últimos dois meses. Em agosto, ela já havia sido diminuída em 0,5%.

A taxa Selic atingiu agora seu nível mais baixo em 16 meses. Em maio de 2022, a taxa apresentava um valor de 11,75% ao ano. Os especialistas financeiros já esperavam uma nova redução nos valores, pois no último corte o Copom informou que poderia continuar promovendo reduções “na mesma magnitude”.

As próximas reuniões do Copom estão marcadas para os meses de novembro e dezembro. Segundo análises de especialistas no mercado financeiro, é esperado que a redução continue acontecendo em 0,5% por reunião. Deste modo, esses valores fechariam o ano de 2023 com uma taxa de juros estabelecida em 11,75% ao ano.

Reunião do Copom (Comitê de Política Monetária). Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A taxa básica de juros é o principal mecanismo utilizado pelo Banco Central para controlar os índices de inflação no país. Taxas de juros menores impactam diretamente na economia do país, com redução das taxas bancárias, melhoria nas contas públicas, aumento no consumo da população, redução da dívida pública e estímulo ao crescimento da economia.

O órgão está focado nas metas para o ano que vem e com o intuito de reduzir a inflação. A redução da taxa Selic é uma das estratégias analisadas com maior precaução pela instituição. A estimativa é de que, ao fim de 2024, a taxa de juros esteja na casa de 9% ao ano.

Os economistas também observam que o PIB de 2023 está apresentando resultados melhores do que o previsto, mas não deve impactar significativamente a inflação. Porém, a alta na atividade econômica pode aumentar os preços, o que mantém a expectativa de mais cortes na taxa de juros nas próximas reuniões.

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