Coreia do Sul fecha acordo com EUA para liberar funcionários presos em fábrica

Atualizado em 7 de setembro de 2025 às 11:12
Agentes do Serviço de Imigração dos EUA detêm trabalhadores durante operação em fábrica de baterias na Geórgia, que envolveu funcionários sul-coreanos – Foto: Reprodução

Neste domingo (7), a Coreia do Sul anunciou que chegou a um acordo com os EUA para liberar cerca de 300 cidadãos sul-coreanos presos em uma operação do Serviço de Imigração e Controle de Alfândega (ICE) em uma fábrica de baterias da Hyundai e LG na Geórgia. A ação fez parte da política anti-imigração do presidente Donald Trump e causou tensão diplomática entre os dois países aliados.

A batida ocorreu na última quinta-feira (4) em Ellabell, durante a construção da planta. Segundo Seul, o governo foi pego de surpresa, mas agiu rapidamente para negociar a libertação.

O chefe de gabinete do presidente Lee Jae Myung confirmou que “as negociações para a libertação dos trabalhadores foram concluídas (…) como resultado de uma resposta rápida e coordenada” e disse que apenas trâmites administrativos separam os funcionários do retorno.

O acordo prevê um voo fretado para transportar os cidadãos sul-coreanos de volta ao país assim que os processos forem finalizados. De acordo com autoridades americanas, 475 pessoas foram detidas sob acusação de estarem ilegalmente nos Estados Unidos.

A LG Energy Solution informou que 47 dos detidos, sendo 46 sul-coreanos e um indonésio, são empregados diretos da empresa, enquanto cerca de 250 trabalham para subcontratadas. Já a Hyundai declarou não ter funcionários diretamente envolvidos entre os detidos.

Donald Trump tem conduzido a maior campanha de deportações da história americana, mirando cerca de 11 milhões de imigrantes em situação irregular.