Publicado originalmente no GGN
Ao contrário de outros países, a Nova Zelândia adotou um bloqueio social muito mais rigoroso para combater o avanço do coronavírus – e os resultados já podem ser vistos no achatamento da curva de contágio no país.
Segundo o jornal norte-americano The Washington Post , a política de “eliminação” ao invés da “contenção” adotada por outros países – está funcionando: apesar de um grande aumento nos testes, o número de novos casos caiu por dois dias consecutivos, com 54 casos confirmados ou prováveis relatados. Assim, o número de pessoas que se recuperaram (65 pessoas) excede o número de infecções diárias.
Entre as medidas, está a proibição de atividades como caçar em áreas arborizadas e nadar na praia – além de não serem atividades consideradas essenciais, existe a orientação de não fazer nada que venha a desviar os recursos dos serviços de emergência.
Em 23 de março, Ardern fez um novo pronunciamento e deu ao país 48 horas para se preparar para um bloqueio de nível 4 – onde todas as pessoas tiveram que ficar em casa por quatro semanas, a não ser que trabalhassem em algo essencial, como assistência médica, ou fossem ao supermercado e se exercitassem perto de casa.
Apesar das críticas, houve senso de propósito coletivo, e a resposta foi notavelmente apolítica inclusive pelos representantes da oposição.
Embora os resultados tenham levado a chamadas pela flexibilização do bloqueio para o feriado de Páscoa e o final do verão, Ardern está convencida que o país vai completar quatro semanas de bloqueio antes de começar a afrouxar as políticas.