O coronel Jorge Eduardo Naime, ex-chefe do Departamento Operacional da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), recuou e decidiu depor à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) Mista do 8 de Janeiro. Ele havia apresentado um atestado médico ao colegiado alegando “quadro depressivo”.
A secretaria da CPI pediu uma reavaliação do laudo pela junta médica do Senado Federal. Naime passou pelo serviço e garantiu que iria falar, independentemente do atestado.
O coronel recebeu um aval do Supremo Tribunal Federal (STF) para ficar em silêncio em questões que podem levá-lo à autoincriminação, mas ele tem respondido às perguntas dos parlamentares. No início de sua oitiva, Naime disse que não está em condições físicas plenas.
“Hoje, mesmo numa condição mental não muito favorável, eu resolvi vir aqui em respeito a vossa excelência, em respeito ao Congresso Nacional, casa que eu sempre defendi, que eu sempre operei e sempre estive presente das maiores operações com esta casa, defendendo o estado democrático de direito”, afirmou.
Preso há cinco meses, o coronel alegou que estava de licença quando foi acionado para conter os ataques terroristas de 8 de janeiro. Segundo ele, sua condição na cadeia o impediu de tomar conhecimento sobre as investigações em andamento.