Corpo de Bruno Pereira é velado com as bandeiras de Pernambuco, do Sport e da Uninja

Tanto o corpo do indigenista, quanto do jornalista Dom Phillips, foram entregues às famílias somente na quinta-feira

Atualizado em 24 de junho de 2022 às 13:39
Restos mortais de Bruno Pereira são identificados pela Perícia
Bruno Pereira ativista e especialista em povos isolados.
Foto: Reprodução

Nesta sexta-feira (24), aconteceu o início do velório do indigenista Bruno Pereira, assassinado no Vale do Javari, no cemitério Morada da Paz, em Recife. Por volta das 9h30, o caixão foi exposto e coberto com bandeiras do estado de Pernambuco, do time do coração de Bruno, o Sport, e com uma camisa da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari.

Tanto o corpo do indigenista, quanto do jornalista Dom Phillips, foram entregues às famílias somente nesta quinta-feira (23), mais de duas semanas após seus desaparecimentos. No próximo domingo, Phillips será enterrado, no Rio de Janeiro.

Os primeiros a chegar no velório foram os povos indígenas xukurus. Um dia antes, eles realizaram um ritual pedindo “força aos encantamentos” para a passagem de Bruno. Durante a cerimônia, o cacique Marcos Xukuru afirmou que agora o objetivo é dar continuidade ao legado do indigenista.

”Guerreiro Bruno hoje se torna um mártir da causa indígena, das causas populares e daqueles que lutam em defesa da vida. Bruno hoje representa a todos nós. Desde às 4h de ontem estávamos em ritual, pedindo força aos nossos encantamentos, porque entendemos que hoje Bruno vira um ser encantado, retorna ao solo sagrado, e volta para nos alimentarmos enquanto espírito e darmos continuidade a essa grandiosa luta em defesa da vida. Defender a terra, a Amazônia, a mata sagrada e o meio ambiente.”, declarou o cacique.

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