Hemingway cunhou a expressão graça sob pressão para definir coragem, que eu particularmente adoro.
O ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello é o oposto disso. Teve um piripaque e seu depoimento na CPI nesta quarta, dia 19, foi suspenso.
Em cinco horas, com alguns intervalos, Pazuello mentiu e suou sob o olhar atento de Flávio Bolsonaro.
O senador Otto Alencar, que o atendeu nos bastidores, diz que foi “síndrome vasovagal”. O general alega que o pé inchou.
É um pusilânime.
Em 29 de agosto de 2016, Dilma Rousseff encarou o Senado durante 13 horas.
O interrogatório terminou às 23h48 de uma segunda-feira.
Dilma respondeu a perguntas de 48 dos 81 senadores, além dos questionamentos da acusação e da defesa, defendeu seu governo, negou a acusação de que teria cometido crime de responsabilidade e chamou a coisa pelo que ela era: golpe.
Ah, sim: antes de ser interrogada, Dilma fez um discurso de 46 minutos.