
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deve ser poupado de indiciamento pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Distrito Federal. A investigação distrital segue caminho diferente das apurações no Congresso Nacional, em que a relatora Eliziane Gama (PSD-MA) incluiu o nome do ex-presidente entre os indiciado.
Segundo o Metrópoles, documento está em análise, e deverá ser votado em novembro. Os parlamentares do DF tiveram uma reunião para debater o relatório cancelada, encaminhando-o diretamente para votação pelos membros da CPI. Apesar da exclusão do nome de Bolsonaro, o relatório final deve sugerir o indiciamento de generais do Exército, como GDias e Dutra.
A avaliação da base do governo federal sugere que não haverá votos suficientes para aprovar o indiciamento de Bolsonaro, uma vez que o relator, deputado Hermeto (MDB), manifestou sua discordância com a imputação de crimes a pessoas não ouvidas durante as sessões.
Além disso, de acordo com Chico Vigilante (PT-DF), presidente da comissão, o ex-presidente não terá seu indiciamento solicitado por não ter havido análise de seu “comportamento”: “atribuímos essa responsabilidade à CPMI do Congresso”, explicou.
No entanto, os generais que já prestaram depoimento podem enfrentar indiciamentos. Marco Edson Gonçalves Dias, o GDias, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), e Gustavo Henrique Dutra, ex-chefe do Comando Militar do Planalto (CMP), são alguns dos nomes que devem constar entre os indiciados.

Outro nome mencionado na CPI do Distrito Federal é o do ex-GSI, general Augusto Heleno, cuja possível inclusão nos pedidos de indiciamento permanece incerta, ao contrário de G. Dias e Dutra.
Ao contrário do documento do comitê do Congresso Nacional, a CPI da Câmara Legislativa do Distrito Federal provavelmente incluirá um número maior de pedidos de indiciamento, superando 100 nomes.
A senadora Eliziane Gama, apresentou um relatório com mais de mil páginas, sugerindo o indiciamento de 61 pessoas, entre civis e militares. A lista inclui Bolsonaro, os ex-ministros Braga Netto e Augusto Heleno, e o ex-chefe da Ajudância de Ordens Mauro Cid.