CPI convoca motoboy que sacou R$ 4 milhões para empresa de logística ligada ao Ministério da Saúde

Atualizado em 25 de agosto de 2021 às 16:56
CPI convoca motoboy que sacou R$ 4 milhões para empresa de logística ligada ao Ministério da Saúde. Foto: Wikimedia Commons

CPI da Covid-19 aprovou, nesta quarta (25), a convocação do motoboy Ivanildo Gonçalves da Silva.

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Motoboy de 4 milhões

Homem é apontado como envolvido em esquemas suspeitos exercidos pela empresa VTClog, que atua na logística do Ministério da Saúde, inclusive na distribuição de vacinas contra Covid-19. De acordo com o Relatório de Inteligência Financeira (RIF) do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), a VTClog movimentou R$ 117 milhões nos últimos dois anos. O elevado montante é tido como suspeito pelos senadores que integram o colegiado.

Documento aponta que Ivanildo teve atuação direta na movimentação dos valores. “Ele chegou a sacar em diversos momentos o montante de R$ 4.743.693. A maioria foi de saques em espécie e na boca do caixa”, explicou o vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

“Apesar de pilotar sua moto em alta velocidade, mais veloz foi o Coaf, que detectou a movimentação atípica e encaminhou o relatório para a CPI da Covid. No item ‘E’ da análise, sob a rubrica ‘ocorrência’, o documento revela: ‘Realização de operações em que não seja possível identificar o destinatário final’”, continuou. Senadores querem entender de onde vinham os valores sacados pelo motorista e por qual razão os montantes foram sacados e não transferidos.

“Chama a atenção a confiança que os donos da VTClog depositaram em Ivanildo. Com vencimentos que não ultrapassam um teto de R$ 2 mil mensais, Ivanildo chegou a carregar em sua moto R$ 430 mil no dia 24 de dezembro de 2018, ironicamente, a poucas horas da noite de Natal daquele ano”, ressaltou Randolfe.

Com informações do Metrópoles.

Renan Calheiros resume a CPI

CPI Covid ouve Roberto Pereira Ramos Jr., presidente do FIB Bank. O senador Renan Calheiros comentou no Twitter:

“O depoimento de hoje à CPI é a síntese da escória:o banco não era banco, o imóvel não era imóvel, o cartório não era cartório,o dono não era dono e tem um laranja. Os responsáveis: Ricardo Barros e Marcos Tolentino. Caminho desse banco é o banco dos réus”.