CPI ouve Marcelo Blanco, assessor da Saúde que esteve em jantar com suposto pedido de propina

Atualizado em 4 de agosto de 2021 às 8:53
Marcelo Blanco da Costa. Foto: Reprodução

Nesta quarta (4), a CPI da Covid ouve o tenente-coronel da reserva Marcelo Blanco da Costa.

Ele é ex-assessor do DLOG (Departamento de Logística do Ministério da Saúde) e entrou na mira da comissão após ter participado de jantar em que teria sido pedido propina de US$ 1 em troca da importação da vacina AstraZeneca.

Blanco é era subordinado a Roberto Dias, que, de acordo com Luiz Paulo Dominghetti, fez a oferta de propina.

O ex-diretor do departamento já participou de oitiva na CPI.

Segundo Dias, foi o “grupo do Blanco” quem fez o pedido de “comissionamento” na aquisição do imunizante com a Davati.

O militar já obteve no Supremo Tribunal Federal (STF) o direito de ficar em silêncio durante o depoimento e será ouvido como testemunha.

Blanco assumiu o cargo na gestão de Nelson Teich, mas foi indicado por Eduardo Pazuello (à época, número 2 da Saúde).

Quando ocorreu o jantar, em 25 de fevereiro, ele já não tinha mais função na pasta.

Mesmo assim, teria apresentado Dias a Dominghetti e se reunido com outros supostos vendedores de vacina, como Cristiano Carvalho, também apresentado como vendedor da Davati.

A CPI quer apurar se houve disputa interna no Ministério da Saúde, entre militares e políticos, por corrupção na compra dos imunizantes.