Nesta quarta (4), a CPI da Covid ouve o tenente-coronel da reserva Marcelo Blanco da Costa.
Ele é ex-assessor do DLOG (Departamento de Logística do Ministério da Saúde) e entrou na mira da comissão após ter participado de jantar em que teria sido pedido propina de US$ 1 em troca da importação da vacina AstraZeneca.
Blanco é era subordinado a Roberto Dias, que, de acordo com Luiz Paulo Dominghetti, fez a oferta de propina.
O ex-diretor do departamento já participou de oitiva na CPI.
Segundo Dias, foi o “grupo do Blanco” quem fez o pedido de “comissionamento” na aquisição do imunizante com a Davati.
O militar já obteve no Supremo Tribunal Federal (STF) o direito de ficar em silêncio durante o depoimento e será ouvido como testemunha.
Blanco assumiu o cargo na gestão de Nelson Teich, mas foi indicado por Eduardo Pazuello (à época, número 2 da Saúde).
Quando ocorreu o jantar, em 25 de fevereiro, ele já não tinha mais função na pasta.
Mesmo assim, teria apresentado Dias a Dominghetti e se reunido com outros supostos vendedores de vacina, como Cristiano Carvalho, também apresentado como vendedor da Davati.
A CPI quer apurar se houve disputa interna no Ministério da Saúde, entre militares e políticos, por corrupção na compra dos imunizantes.