CPMI descobre que Cid movimentou R$ 2,3 milhões em nome de Bolsonaro

Atualizado em 16 de agosto de 2023 às 20:21
Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. Foto: Reprodução

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, administrou R$ 2,3 milhões das contas do ex-presidente entre 2020 e 2022. No período, ele recebeu R$ 1,1 milhão e há registros de débitos no valor de R$ 1,2 milhão. Os dados constam em quebra de sigilo bancário do oficial e foram obtidos pela CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do 8 de Janeiro. Com informações do Estadão.

Nos três anos, ele ainda movimentou R$ 8,3 milhões: foram depositados R$ 4,5 milhões em suas contas e R$ 3,8 milhões saíram delas.

Os valores são incompatíveis com a renda de Cid, já que ele declarou receber R$ 318 mil por ano à Receita Federal. Nos três anos, o dinheiro depositado em suas contas é cinco vezes maior do que sua remuneração como servidor público federal.

O relatório foi produzido pela Secretaria Especial de Receita Federal do Ministério da Fazenda e enviado à CPMI. O levantamento ainda descobriu que entre maio e agosto de 2022, às vésperas das eleições presidenciais, Cid recebeu R$ 1,2 milhão em suas contas. Durante o período, o mês com maior volume de depósitos foi fevereiro de 2020, quando ele recebeu R$ 119 mil.

Como procurador de Bolsonaro, Cid recebeu um total de R$ 1,1 milhão em três anos. Em débitos, o valor registrado foi de R$ 1,2 milhão.

Mauro Cid e Jair Bolsonaro. Foto: Reprodução

Operação Lucas 12:2

Na última sexta-feira (11), a Polícia Federal realizou buscas em endereços associados ao general do Exército Mauro César Lourena Cid – pai de Mauro Barbosa Cid.

A Operação Lucas 12:2, autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no âmbito do inquérito sobre milícias digitais, está relacionada a outro tema ligado ao círculo próximo de Bolsonaro: a alegada tentativa de comercialização ilegal de presentes oferecidos ao ex-presidente por delegações estrangeiras.

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