CPMI deve mostrar como Bolsonaro se tornou um político milionário após o 8/1

Atualizado em 17 de outubro de 2023 às 12:04
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Foto: reprodução

O relatório da CPMI do 8 de janeiro, apresentado pela senadora Eliziane Gama (PSD-AM), deve mostrar como, ao final da confusão que protagonizou, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) virou o mais novo político milionário do Brasil. As informações foram divulgadas pelo colunista José Casado, da revista Veja.

Em agosto do ano passado, quando era candidato à reeleição na presidência, Bolsonaro informou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que possuía um patrimônio total de 2,3 milhões de reais. Nesse documento, ele declarou ser proprietário de quatro imóveis no Rio de Janeiro, um apartamento em Brasília, uma motocicleta e uma poupança, além de alguns recursos em contas correntes.

No entanto, 14 meses após essa declaração, o ex-capitão se transformou em um investidor do mercado financeiro, movimentando 18,4 milhões de reais no primeiro semestre, conforme informações fornecidas pelo Coaf, órgão de controle financeiro do Banco Central, à comissão parlamentar de inquérito.

Bolsonaro realizou aplicações de 17 milhões de reais em títulos de renda fixa, como Certificados de Depósitos Bancários e Recibos de Depósito Bancário, remunerados de acordo com a taxa básica de juros, a Selic, que atualmente está em 12,75% ao ano.

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Foto: reprodução

Esse aumento de 666,6% em sua capacidade financeira foi impulsionado pela generosidade das pessoas que responderam ao seu apelo por ajuda para custear despesas legais, apesar do apoio da bancada jurídica de seu Partido Liberal.

O ex-mandatário, além disso, recebeu quase 770 mil doações financeiras via Pix, algumas delas no valor de um real, como a do empresário Argino Bedin. Bedin, dono de 13 fazendas e sócio de 12 empresas, preferiu doar um único real para o ex-presidente e direcionou 86 mil reais diretamente para a conta do PL.

O Partido Liberal gerencia cerca de 1 bilhão de reais em fundos estatais e já sustentava o ex-presidente com casa alugada, carro, escritório, viagens e assessoria, tudo pago com dinheiro público. Bolsonaro saiu da crise que ele mesmo provocou como um político rico, com 17 milhões de reais investidos em renda fixa.

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