CPMI do 8/1 convoca fotógrafo que virou alvo de bolsonaristas por cobrir os ataques

Atualizado em 3 de agosto de 2023 às 16:53
Foto de Adriano Machado mostra golpistas que invadiram antessala do gabinete do presidente no Planalto

Reunião fechada da CPMI do 8 de janeiro ocorrida nesta quinta aprovou a convocação do fotógrafo da Reuters Adriano Machado para depor.

É um absurdo completo que conta com a cumplicidade do presidente da comissão, Arthur Maia, que levou os requerimentos a votação a convocação foi aprovada.

O indescritível Magno Malta comemorou: “O fotógrafo da Reuters, Adriano Machado, que foi flagrado pelas câmeras fazendo um ensaio fotográfico da depredação do Planalto, acaba de ser convocado pela CPMI para prestar esclarecimentos. É mais um passo para descobrirmos quem de fato está por trás dos atos do dia 8 de janeiro”.

Nessa semana, Malta espalhou a mentira de que o delinquente que quebrou o relógio dado por Dom João VI era “infiltrado” e foi desmascarado por Eliziane Gama.

Machado é alvo de uma campanha de difamação pesada. Imagens do circuito interno são usadas para acusá-lo de colaborar com os golpistas. Antigas fotos dele de coberturas de eventos políticos servem para acusá-lo de petista.

Como repórter fotográfico, ele foi ao Congresso para cobrir o quebra-quebra. Era o único profissional da imprensa naquela cena.

Não há nenhum indício de que estivesse no Planalto antes dos ataques, como alega a extrema-direita.

Quando a cena em que ele aparece foi registrada por uma câmera de segurança, às 15h56 do dia 8 de janeiro, os bolsonaristas já haviam furado o bloqueio na Praça dos Três Poderes havia mais de uma hora, às 14h43.