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CPMI dos Atos Golpistas: Alvo da oposição, Dino recebeu apenas dois requerimentos que pedem sua presença

Ministro da Justiça, Flávio Dino. (Foto: Reprodução)

Apesar de grande exposição na mídia, o ministro da Justiça Flavio Dino foi alvo apenas de dois requerimentos que pedem sua presença na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos terroristas ocorridos em Brasília no dia 8 de janeiro.

Na próxima terça-feira (13), centenas de requerimentos serão analisados pelo colegiado da Comissão, mas só a deputada Erika Hilton (Psol-SP) e o senador Sergio Moro (União-PR) se preocuparam em convidar Dino.

Dino, por ser ministro, não pode ser intimado compulsoriamente a comparecer às audiências da CPMI. Ainda assim, haja vista a quantidade de vezes que a oposição pediu que fosse ao Congresso para esclarecer dúvidas, sobre edição de decretos de armas, PL das Fake News e suposta omissão no 8 de janeiro, o ministro não se recusa a visitar os parlamentares.

Flavio esteve na Câmara por três vezes e uma vez no Senado, seguindo a marca de ministro que mais esteve no Congresso no primeiro semestre. Tais ações foram fruto de 18 requerimentos e indicam que ele irá à CPMI, se aprovado seu convite.

Como a oposição o elegeu como alvo de questionamentos constantes na tentativa de enfraquecer e desgastar o governo, o ministro tem seu nome em 77 requerimentos para participar de esclarecimentos em outras comissões e audiências.

Ao todo, o chefe da Justiça soma mais de 14 horas trocando alfinetadas, ora mais sutis, ora mais debochadas, em sabatinas da oposição. Com informações do Congresso em Foco.

Os dois requerimentos, que vêm um da ala governista e um da oposição, mostram que a presença de Dino é crucial para a CPMI, especialmente pelo fato da oposição buscar a todo custo associar ele com os atos realizados pelos extremistas apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que culminaram na destruição da Praça dos Três Poderes.

Terroristas invadiram as sedes dos Três Poderes – Agência Brasil

Neste cenário contra o ministro, o PL, partido do ex-capitão, mantém a tese de que Dino foi devidamente alertado por relatórios da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) sobre a possível ação violenta em Brasília.

O ministro, em sua defesa, afirma que a atribuição de zelar pela segurança da Praça é uma incumbência de órgãos do Distrito Federal, apesar de ter agido para estancar os danos de destruição no dia 8.

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Victor Nunes

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