Em uma publicação na plataforma Bluesky, Gleisi Hoffmann, presidenta do Partido dos Trabalhadores (PT), comentou sobre a proteção oferecida pelo X (antigo Twitter) a um senador e seus seguidores, que ameaçaram a família de um delegado da Polícia Federal envolvido nas investigações dos crimes do ex-presidente Jair Bolsonaro.
“X de Musk acobertou senador e seguidores que ameaçaram família de delegado da PF na investigação dos crimes de Bolsonaro. E ainda querem posar de perseguidos… Criminosos arrogantes”, escreveu Hoffmann, ressaltando a gravidade do ocorrido.
X de Musk acobertou senador e seguidores que ameaçaram familia de delegado da PF na investigação dos crimes de Bolsonaro. E ainda querem posar de perseguidos… Criminosos arrogantes
— Gleisi Hoffmann (@gleisi.bsky.social) September 14, 2024 at 1:15 PM
A declaração veio à tona após o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, compartilhar detalhes sobre ameaças feitas na plataforma durante uma reunião com empresários, realizada em São Paulo. No encontro, Rodrigues mencionou que o senador Marcos do Val (Podemos-ES) postou fotos da esposa e da filha de 5 anos de um delegado da PF, com a legenda “Procura-se vivo ou morto”.
A publicação gerou uma série de ameaças, com usuários sugerindo recompensas pela morte da criança e da mãe, o que provocou forte indignação. Rodrigues destacou o impacto emocional causado nas vítimas, com a esposa do delegado necessitando de tratamento psicológico até hoje.
A postura do X foi duramente criticada, especialmente após a rede social sinalizar que poderia encerrar suas operações no Brasil para evitar o cumprimento de ordens judiciais futuras. Essa sequência de desobediências culminou na decisão de Moraes de suspender o funcionamento do X no país, medida implementada em 30 de agosto.
Durante a reunião, o diretor da PF questionou os empresários presentes: “O que fariam diante de uma situação dessas?”, referindo-se ao delegado e ao ministro Moraes, cujas decisões foram desafiadas pela plataforma. A suspensão do X aconteceu em meio a uma série de investigações sobre o financiamento de atos antidemocráticos e a disseminação de informações falsas nas redes sociais, envolvendo o ex-presidente Bolsonaro e seus apoiadores.
Rodrigues concluiu reforçando a necessidade de cooperação entre as empresas de tecnologia e as autoridades, especialmente em um momento em que plataformas digitais têm sido usadas para ameaçar pessoas envolvidas em investigações criminais de grande relevância.
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