A vice-presidente da Argentina Cristina Kirchner disse que não se deu conta de que sofreu uma tentativa de assassinato. Em depoimento às autoridades locais, a política explicou que não percebeu que um homem apontou uma arma para ela e tentou atirar em seu rosto. Segundo informações divulgadas pelos jornais La Nación e Clarín, a parlamentar contou que só tomou conhecimento do que aconteceu depois que entrou em sua casa.
Kirchner prestou depoimento na manhã de sexta-feira (2), em seu apartamento, no bairro de Recoleta, centro de Buenos Aires. Ela foi ouvida durante cerca de uma hora pela juíza María Eugenia Capuchetti e pelo promotor Carlos Rivolo.
Ainda de acordo com as publicações argentinas, até ontem, 24 pessoas já haviam prestado depoimento sobre o caso, sendo a maioria deles policiais e militares. Os seguranças que estavam perto de Cristina no dia em que ocorreu o crime foram ouvidos como testemunhas, mas a possibilidade de que eles se tornem réus futuramente não foi descartada.
Cristina Kirchner teve uma arma apontada para seu rosto na noite de quinta-feira (1º), quando chegava a sua casa. O acusado de ter tentado atirar na vice-presidente argentina é o brasileiro Fernando Sabag Montiel, de 35 anos, que foi preso pouco depois do atentado. Na ocasião, a política havia acabado de deixar uma sessão do Senado e se deparou com um aglomerado de apoiadores na frente de sua residência. Segundo emissoras de TV locais, a pistola falhou e, por isso, Kirchner não foi atingida.