Criticar Israel não é antissemitismo, diz o presidente da Colômbia

Atualizado em 19 de outubro de 2023 às 10:55
O presidente da Colômbia, Gustavo Petro. (Foto: Reprodução)

Nesta quinta-feira (19), o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, afirmou que criticar Israel não é antissemitismo. As falas do atual chefe de Estado colombiano foram realizadas em seu perfil no X, antigo Twitter, e ocorrem após o recente ataque realizado por Israel ao Hospital Al Ahli, localizado em Gaza. O ataque em questão culminou na morte de quase 500 pessoas, em sua maioria civis:

Devo confessar que me confunde saber se é por falta de conhecimento ou por pura e simples ignorância quem chama de anti-semitismo a crítica ao Estado de Israel pela sua ocupação ilegal do território palestiniano.

A crítica a um Estado não é perseguição a uma religião ou a um grupo étnico. Neste caso, o Judaísmo e o povo judeu, a quem respeitamos no seu direito de manter a sua cultura e religião e de ter um Estado livre. Em vez disso, o que vemos desenvolver-se não é uma crítica às formas estatais do governo palestiniano, mas uma perseguição determinada de todo o povo palestiniano, ao ponto de se falar em genocídio.

Com o bombardeio do hospital Baptista em Gaza, e a morte de centenas de mulheres, crianças e médicos, a barbárie do Estado de Israel contra o povo palestiniano ultrapassou em muito a barbárie do Hamas contra a população civil israelita.

Mas já é inofensivo comparar barbáries. Temos é que sair da barbárie e isso se consegue abrindo o espaço de paz e a opção aprovada pelas Nações Unidas desde 1967 dos seus estados livres: o estado de Israel e o estado palestiniano, soberanos nos seus territórios.

Bombardeio ao hospital em Gaza

Um bombardeio em um hospital na Faixa de Gaza, onde estavam centenas de pacientes, médicos e socorristas, e cerca de mil refugiados, deixou centenas de mortos na última terça-feira (17). Ao menos 471 pessoas morreram, segundo autoridades palestinas.

Vídeos divulgados pela mídia local e internacional mostraram cenas caóticas do lado de fora do Hospital Al-Ahli Arab, na Cidade de Gaza. Nas imagens, é possível ver pessoas ensanguentadas e mutiladas sendo carregadas em macas no escuro.

O episódio ocorreu em meio aos ataques aéreos israelenses na Faixa de Gaza, que já resultaram em mais de 4 mil mortes, segundo o Ministério da Saúde de Gaza. Estes bombardeios são uma resposta ao ataque do Hamas contra Israel em 7 de outubro, que causou a morte de mais de 1.400 pessoas, a maioria civis.

Participe de nosso grupo no WhatsApp, clicando neste link

Entre em nosso canal no Telegram,clique neste link