Dados de médicos são vazados para negacionistas e compartilhados por Bia Kicis

Atualizado em 6 de janeiro de 2022 às 7:44
Veja Bia Kicis
Bia Kicis. Foto: Câmara dos Deputados | Reprodução

A Coluna de Malu Gaspar no Globo afirma que documentos com os dados pessoais de três médicos que defendem a vacinação de crianças, que estavam em poder do Ministério da Saúde, foram vazados nas redes sociais. Foram parar em grupos que alimentam correntes contra a imunização – com participação de uma notória deputada bolsonarista.

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Médicos tem dados vazados com ajuda de Bia Kicis

Médicos Isabella Ballalai, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, Marco Aurélio Sáfadi, da Sociedade Brasileira de Pediatria, e Renato Kfouri, diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações, tiveram as suas declarações de conflito de interesses, entregues ao ministério, divulgadas na íntegra na internet.

Essas informações aparecem junto com os seus números de telefone celular, email e CPF.

Três apresentaram argumentos a favor da vacinação de crianças de 5 a 11 anos na audiência pública organizada pelo Ministério da Saúde.

O vazamento de fotos das declarações na íntegra, com os dados pessoais dos especialistas, alimentou os bolsonaristas antivacina nas redes sociais.

Isso está sendo usado para intimidar os médicos.

Deputada Bia Kicis (PSL-DF), que participou da audiência e se disse contrária à vacinação obrigatória de crianças, admitiu ao jornal O Globo que compartilhou as declarações em um grupo de WhatsApp.

Ela nega que seja a responsável pelo vazamento. “Solicitei ao Ministério da Saúde os termos e eles me passaram sem restrições”.

“Compartilhei em um grupo de zap de médicos. Quando me avisaram no Ministério da Saúde que alguém havia postado, pedi imediatamente que quem o fez removesse. Mas o ministério me informou que os documentos iriam para o site. Por isso entendi que eram públicos”.

A bolsonarista Bia Kicis também levantou suspeitas sobre Kfoury e Ballalai terem informado que deram palestras patrocinadas para empresas como a Pfizer e a AstraZeneca, que produzem vacinas contra a covid.

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