
Por unanimidade, o Tribunal de Contas da União (TCU) responsabilizou o ex-procurador geral da República, Rodrigo Janot, e o ex-coordenador da Lava Jato de Curitiba, Deltan Dallagnol pelo pagamento de cerca de R$ 2 milhões em diárias e passagens a procuradores da força-tarefa. O ex-procurador-chefe do Paraná, João Vicente Romã, também foi condenado.
O Ministério Público junto ao TCU concluiu que a Lava Jato poderia ter investido em opções mais econômicas. Em vez de serem transferidos para Curitiba, sede da operação, os dois recebiam ajuda para trabalhar na capital paranaense, como se estivessem em uma situação transitória. Foi assim que eles justificaram o reembolso por diárias e passagens.
O pagamento foi realizado entre 2014 e 2021 a cinco procuradores da Lava Jato, que eram lotados em outros estados. O total do valor gasto ao longo dos anos soma R$ 2,557 milhões em recursos públicos.
Dallagnol pode ficar inelegível
O caso pode afetar a intenção de Deltan em entrar para a política e disputar as eleições deste ano. Em 60 dias, será realizado pelo tribunal um novo julgamento.
Caso o ex-procurador seja condenado novamente, ele pode ser considerado inelegível e perder os direitos políticos.