Em queda livre, Damares Alves demitiu a secretária nacional de Políticas para Mulheres, a ex-deputada federal Tia Eron, do PRB da Bahia.
Da bancada evangélica, Eron é uma daquelas tranqueiras que ganharam fama com o golpe de 2016.
Apoiou o impeachment, mas deu o voto de minerva na decisão do Conselho de Ética que pediu a cassação do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha.
Não se reelegeu.
Em seu lugar no Ministério da Mulher e Direitos Humanos entra a também ex-deputada Rosinha da Adefal (Avante-AL), hoje secretária-adjunta.
No ano passado, Rosinha tentou emplacar uma excrescência chamada “Lei sem Pornografia”.
O projeto apresentava uma série de medidas que visavam “respeitar a dignidade de crianças e adolescentes”.
Proibia professores e agentes de saúde de discutirem e apresentarem questões de sexualidade “adulta”.
Para ela, era “impróprio ou complexo” abordar, por exemplo, o tema da masturbação. Para isso, seria preciso consultar os pais ou responsáveis.
Servidores públicos que não respeitassem os “direitos da família” e violassem os “direitos infanto-juvenis” teriam desconto no salário.