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O advogado Rodrigo Tacla Duran deve sair da Espanha, onde mora, e desembarcar no Brasil nos próximos dias para depor ao juiz Eduardo Appio, da 13ª Vara Federal de Curitiba (PR), que trata dos casos da Operação Lava Jato. O depoimento está marcado para a próxima terça-feira (18), às 16h.
Em depoimento a Appio, no dia 27 de março, Duran disse que sofreu tentativa de extorsão para não ser preso nas investigações da Lava Jato. A denúncia se transformou em notícia-crime envolvendo o ex-juiz Sergio Moro, o ex-procurador Deltan Dallagnol, além do advogado Carlos Zucolotto Júnior e Fábio Aguayo. Como Moro e Dallagnol são parlamentares, o caso foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo o advogado, ele passou a ser perseguido por não compactuar com o que chamou de uma prática “comercial corriqueira”.
Na terça-feira (11), o juiz federal Marcelo Malucelli, da 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), revogou a decisão do juiz federal da 13ª Vara de Curitiba, Eduardo Appio, que suspendeu o mandado de prisão preventivo contra o advogado Rodrigo Tacla Duran, decretado em 2016 por Moro.
Malucelli voltou atrás logo depois, após a repercussão amplamente negativa e o TRF-4 apagou a notícia anterior dando conta do pedido de prisão.
O magistrado da 8ª turma da corte é pai de João Eduardo Barreto Malucelli, que aparece como sócio de Moro e da mulher, Rosângela Moro, no escritório Wolff & Moro Sociedade de Advogados, sediado na capital paranaense.
Duran espera que o Supremo Tribunal Federal (STF) torne em breve sem efeito a ordem de prisão, para determinar a data de embarque para o Brasil.