Datafolha: Atuação do Congresso é reprovada por 45% dos brasileiros

Atualizado em 10 de dezembro de 2023 às 8:40
Plenário do Senado durante a votação da PEC do STF. Foto: Jeferson Rudy/Agência Senado

De acordo com um novo levantamento do Datafolha, o Congresso Nacional formado por eleitos de 2022 teve a melhor avaliação das três últimas legislaturas no período pesquisado –o final do primeiro ano de mandato. Segundo a pesquisa, 18% dos entrevistados consideram o trabalho dos 594 parlamentares ótimo ou bom 18%, 43% avaliaram como regular e 35% que o reprovam como ruim ou péssimo.

Em relação a comparação com o mesmo momento da legislatura anterior, eleita em 2018, a atual composição do Congresso se sobressaí com o público.

Em dezembro de 2019, 45% achavam o trabalho parlamentar ruim ou péssimo, 38%, regular e 14%, ótimo ou bom. No entanto, no fim do mandato, o 48% do público avaliava a legislatura como regular, 26% de reprovação e 20% de aprovação.

A pesquisa do Datafolha colhida neste mês ouviu 2.004 eleitores em 135 cidades do Brasil na última terça-feira (5), com margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

Qual foi o trabalho do Congresso no último ano?

No início da legislatura até aqui, o Congresso ficou em evidência por avançar itens da agenda econômica do governo.

O grupo de parlamentares também entraram em confronto com decisões do Supremo que considera que deveriam ser suas. Entre elas: a ampliação do direito ao aborto ou a derrubada do marco temporal para demarcação de terras indígenas.

Plenário da Câmara dos Deputados durante sessão conjunta do Congresso Nacional. Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Por que a avaliação do Congresso é majoritariamente regular ou ruim?

A avaliação geral desfavorável não representa uma surpresa histórica. Desde a legislatura de 1990, tanto deputados quanto senadores, o Datafolha nunca registrou um período em que a aprovação deles superasse a reprovação e a percepção de trabalho regular pela população.

Algumas legislaturas foram menos criticadas, com a avaliação regular predominando. Isso foi evidente na legislatura anterior, eleita em 2018, assim como nas turmas de 2010, 2006 e na atual.

Os eleitos de 2014 foram especialmente mal avaliados, atingindo o ápice histórico de 60% em novembro de 2017, coincidindo com o auge dos impactos da Operação Lava Jato.

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